O ANÉL MÁGICO

 


 

Era uma vez um rei poderoso. Seu reino estendia-se por grande parte do Oriente e seu povo era rico e feliz. O rei a tudo comandava com justiça e eqüidade. Só uma coisa o atormentava: o pobre soberano, que a tudo dominava, só não tinha o domínio de si mesmo.


Descontrolava-se com facilidade, suas emoções o surpreendiam e o comandavam. Era o medo, a paixão, a raiva...


De forma que, à noite, em seu belo quarto, cuja cama confortável revestia-se de lençóis e fronhas de cetim, o rei, sem sono, pensava nos pequenos problemas de seu reino, que então lhe pareciam enormes e, com freqüência, desesperava-se, batendo a cabeça de encontro às paredes. Seus nervos, abalados, viviam em frangalhos.


Um dia, decidindo pôr fim a tudo isso, reuniu os sábios do país e lhes pediu que, em conjunto, descobrissem a solução para tamanho problema: precisava adquirir autocontrole.


Os sábios ouviram-no com atenção e retiraram-se em seguida. Por três semanas, reunidos, analisaram as premissas e discutiram possíveis soluções. Trabalharam intensamente e, no vigésimo segundo dia, voltaram ao palácio real, entregando ao soberano um anel de ouro, dizendo:


Eis aqui a solução de vosso problema, Majestade. Ela está escrita dentro deste anel. Mas deveis tomar cuidado, Senhor, para não abri-lo em vão. Esperai a oportunidade certa e, então, quando Vossa Majestade sentir que se aproxima a hora em que vos descontrolareis, abri-o e estareis diante da resposta às vossas angústias.


O rei ficou satisfeito com o trabalho dos sábios, seguindo à risca seu conselho. Algumas vezes foi tentado a abrir o anel, pois sentia que a emoção estava perto de domina-lo. Mas resistiu, economicamente.


Estava já mais seguro, só em saber que tinha nas mãos a solução para qualquer de seus problemas, ainda que não chegasse a conhece-la. Adquirira já força própria, vontade própria, algum equilíbrio e autocontrole e experimentava há dormir por toda a noite entre seus lençóis de seda. Já não se encolerizava com freqüência, nem permitia que a paixão o cegasse.


Passaram-se os anos, desde que os sábios entregaram-lhe o anel.

Uma noite, o rei acordou ouvindo um grande vozerio em frente ao palácio. Pulou da cama e logo compreendeu que enfrentava uma insurreição. Dois ministros o haviam traído, arrastando consigo o povo e até seu próprio exército, em rebelião. Estava inteiramente só e os rebeldes já invadiam o castelo.


O rei não teve outra saída. Montou o cavalo e fugiu por uma porta secreta, que só ele conhecia, mas logo ouviu atrás de si o galope dos cavalos inimigos. Esporeando seu cavalo, o pobre rei embrenhou-se na floresta, com os inimigos em seu encalço. Pegou um atalho e, de repente, deu-se conta de que este não levava a lugar algum. Estava encurralado. Olhando em torno, o rei viu uma gruta por entre as folhagens e, desmontando, ali meteu-se com o cavalo. Da gruta apertada, ele viu os cascos dos cavalos inimigos, que foram e voltaram. Não mexia um único músculo, sequer respirava.


Então o rei lembrou-se do anel.

Com as mãos trêmulas o abriu. E lá dentro, gravadas em letras de ouro, o rei leu as seguintes palavras: Até isso passa.


(Extraído e condensado de Histórias Maravilhosas para Ler e Pensar, compilado por Neila Tavares)




 

 

 

9

Nossa mente está mergulhada na Mente Divina que sustenta os universos infinitos.


Nossa força mental permanece impregnada da Força Mental divina, que está em toda a parte ao mesmo tempo.


Procure manter-se unido a essa Força Infinita, e jamais será derrotado.


Você tem esse poder: confie!


Você vencerá em toda a linha, se o quiser.


 

Carlos Torres Pastorino


 

 

 

 

 

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